segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

olha-lá o manacá!




Esta é a época do ano que descer para o litoral norte enche nossos olhos de surpresas coloridas no trajeto, principalmente nas áreas de preservação ambiental!

Do verde denso explodem cores brancas, rosas e violetas, lá estão eles, os manacás!

utilizo-os MUITO em meus projetos paisagisticos, mas confesso que o manacá da serra como o proprio nome sugere, é pleno de beleza no seu lugar - A SERRA


para mim os Manacás são pinturas van goghianas tropicais! (hehe)






O manacá-da-serra (Brunfelsia uniflora) é uma planta originária do Brasil, pertence à família Solanaceae e é uma Angiosperma. Pertence ao mesmo gênero da quaresmeira (Tibouchina granulosa) e da orelha-de-onça (Tibouchina holosericea), mais conhecidas que o próprio manacá.










orelha de onça

Pode atingir de 2 até 15 m de altura. É muito comum em matas alteradas pelo homem, hoje em dia mais difícil em matas nativas. Possui flores brancas e rosas o que lhe proporciona uma floração espetacular. A flor de centro branco e pétalas azuis muda de cor após fecundada.


Floresce durante a primavera e o verão, entre novembro e fevereiro, com belas floradas com flores que variam do branco ao lilás colorem a paisagem regional do final do ano.





A variação na coloração das flores é decorrente do amadurecimento diferencial das partes masculina e feminina, sendo as brancas, recém abertas, funcionalmente femininas (recebem pólen de fora) e as roxas ou lilases são as flores velhas, masculinas, liberando pólen.


A frutificação ocorre em novembro, sendo que em fevereiro e março estão prontas para serem colhidas, e devido ao tamanho, muito pequenas, são facilmente levadas pelo vento.




A multiplicação também pode ser feita por estacas. Devido ao porte alto e sistema radicular não agressivo, é muito usada como ornamental em jardins e ainda na arborização urbana, não interferindo em fios e tão pouco danificando as calçadas. Podemos encontrar também o manacá-da-serra-anão, que possui flores menores, assim como o porte, em torno de 3 metros, muito recomendado para áreas menores, como jardins domésticos e vasos de porte maior.


Sendo pioneira e colonizadora de áreas abertas, presta-se muito bem para a recuperação de áreas degradadas, crescendo rapidamente, protegendo o solo em poucos anos. Regenera-se abundantemente na natureza, o que faz com que seu corte não seja tão prejudicial como outras espécies de árvores mais raras e de baixa reprodução natural.